quarta-feira, 28 de março de 2012



O Clamor de Ana





Ana, uma mulher quebrantada pela dor, por não poder gerar filhos.
Naquela época uma mulher estéril era discriminada e vítima de zombarias e deboches pelas outras mulheres. Era exatamente o que estava acontecendo com Ana.
Constantemente chorava e não comia, isto fazia o seu marido entristecer, pois muito a amava, tendo um carinho todo especial, dispensando a ela um tratamento acima do comum. Todavia, tudo isto não era suficiente para a nossa amiga, ela queria ter um filho.
Certo dia, estando no Templo, Ana orou ao Senhor e chorou. Sua dor era tão grande que fez um voto, dizendo: Deus, se generosamente olhares para a aflição de tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva Tu não esqueceres, e me deres um filho varão (ou seja, um filho homem), ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida.
Deus ouvi as orações e súplicas desta mulher e lhe deu um filho, a quem ela colocou o nome de Samuel , que quer dizer: Do Senhor o pedi.
No auge de sua aflição, esta mulher, procurou auxílio na única pessoa que poderia ajudá-la: Deus.
O mesmo não aconteceu com o Rei Davi. Ele estava vivendo a dor e a angústia de perder um filho - apenas quem já passou por uma experiência assim é que pode dizer o tamanho do sofrimento - a nós cabe apenas imaginar seu desespero, pois esta criança era o primeiro fruto de um casamento, em que por amor a esta mulher, Davi, pois em risco o seu reinado.
Buscou Davi a Deus pela criança. Jejuou, chorou e passou a noite prostrado ao chão, porém ao sétimo dia este filho morreu. Temiam os seus servos de informá-lo, achavam que a sua aflição seria ainda maior.
Ao saber da morte de seu filho, Davi se levantou da terra, lavou-se, ungiu-se, mudou de vestes, entrou na casa do Senhor e adorou; depois veio para sua casa, pediu pão e comeu.
Ao verem esta cena, todos perguntaram: Que é isto que fizeste? Pela criança viva jejuastes e choraste; porém depois que ela morreu, te levantaste e comeste pão.
Então Davi respondeu: Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se o Senhor se compadecerá de mim, e continuará viva a criança? Porém, agora que é morta, por que jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? (2 Sm 12;15-24)
Mesmo não sendo atendido em sua oração, Davi não deixou de adorar a Deus, nem maldizer pelo que havia acontecido.
Seu amor e confiança por Deus estavam além dos seus interesses.
Pouco tempo depois, Davi tivera seu segundo filho com esta mesma esposa, e esta criança recebeu o nome de Salomão.
Jesus também passou por momentos de angústias e aflições.
Na noite em que iria ser traído, Jesus se retirou a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar. Levou consigo, três dos seus apóstolos: Pedro, Tiago e João, para que compartilham-se com ele suas tristezas e angústias, pois confidenciara: minha alma está profundamente triste até a morte.
No entanto nenhum dos três entenderam a sua dor, assim, ao invés de estarem em vigília e oração, dormiram.
Jesus sabia o que estava por vir, e orando disse: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia não seja como eu quero, e, sim, como tu queres.
E em uma outra oração, nesta mesma noite, Jesus diz: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu beba, faça-se a tua vontade.(Mt 26:36-42)
Cristo sabia o que iria enfrentar dali por diante, que iria carregar sobre Si o pecado da humanidade, que no momento da crucificação, mesmo que temporariamente, estaria separado de Deus.
Jesus/homem sofria, porém o Jesus/Deus sabia que seu martírio era necessário para salvação do mundo.
Em sua oração usou uma condicional: Se possível; pois o mais importante era fazer a vontade de Deus.
Nem todos aqueles que oram a Deus por seus problemas conseguem resolvê-los, mas todos aqueles que tiveram seus problemas resolvidos foi porque oraram.
Senhor, ensina-me a confiar em Ti
de tal forma que,
independente de resultados,
eu possa continuar a Te adorar e a bendizer o Teu nome e os Teus feitos.
Amém.

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